Criança com Transtorno do Espectro Autista pode ter acompanhante nas instituições de ensino de Nova Friburgo

Antes da segunda discussão, tema será aprofundado através de um grupo de estudo
Criança com Transtorno do Espectro Autista pode ter acompanhante nas instituições de ensino de Nova Friburgo

Criança com Transtorno do Espectro Autista pode ter acompanhante nas instituições de ensino de Nova Friburgo

A Câmara Municipal aprovou, em primeira discussão, o Projeto de Lei, de autoria do Vereador Isaque Demani, que assegura à pessoa com Transtorno do Espectro Autista o direito de ingresso e permanência do seu acompanhante terapêutico nas instituições de ensino públicas e privadas de Nova Friburgo para sua assistência individualizada. De acordo com o texto, entende-se por acompanhante terapêutico o profissional capacitado para a efetiva implementação da ciência de Análise do Comportamento Aplicada – ABA – ou outra abordagem terapêutica comprovada cientificamente, nos termos do parágrafo único do artigo 3º da Lei nº 12.764, de 27/12/ 2012. A proposta, discutida em Plenário, foi aprovada por unanimidade. Contudo, antes da segunda discussão, Demani se propôs, junto ao Conselho Municipal de Educação, a aprofundar o tema através de um grupo de estudo.

Para usufruir do direito assegurado nesta lei os responsáveis do aluno com Transtorno do Espectro Autista deverão apresentar à instituição de ensino laudo médico comprobatório da necessidade de acompanhamento terapêutico individualizado, bem como plano de trabalho e intervenção do acompanhante terapêutico, contendo cronograma de metas, os objetivos e a metodologia de intervenção e a carga horária assistencial. É vedado ao acompanhante terapêutico interferir no processo de ensino e aprendizagem do aluno.

O Projeto destaca que os acompanhantes terapêuticos – Ats – são profissionais cuja atuação remonta ao processo de desinstitucionalização da saúde mental, a partir da década de 50 no período que sucedeu à Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Nesse contexto, o termo acompanhante terapêutico passou a intitular os especialistas que atuavam fora das práticas clínicas tradicionais dos consultórios.

Sendo as escolas e instituições de ensino ambientes nos quais as crianças e jovens têm a oportunidade de aprender e se desenvolver de várias maneiras, e com a grande demanda nas escolas de ensino regular para alunos com deficiências ou dificuldade no desenvolvimento/transtornos, essa necessidade de acompanhamento migra da área da saúde para a educação, implicando na atuação dos ATs nas escolas, de forma a complementar o suporte dos professores, que não possuem uma qualificação, formação e orientação adequados para atender a demanda da inclusão.